Ensaísta, crítico, professor, Eduardo Lourenço de Faria, nasceu em S. Pedro de Rio Seco, Almeida, e formou-se em Ciências Históricas e Filosóficas (1946) na Universidade de Coimbra.
Integrou o corpo docente da mesma no ano seguinte, iniciando um percurso académico que o levou às universidades de Bordéus (1949), Hamburgo (1953), Heidelberg (1954),
Montpellier (1956-58), Baía (1959), Grenoble (1960-61; 1964-65) e Nice (1965-1988) onde, após 1968, lecionou a cadeira de História das Ideias. Enquanto ensaísta,
questiona o imaginário cultural português, a identidade portuguesa e a sua projeção além-fronteiras, o fenómeno literário, as artes e as ideias.
Com Heterodoxia I (1949) e II (1960) afirmou-se como um dos espíritos críticos da sua geração, marcada pela II Guerra Mundial e pela ditadura.
As suas reflexões abarcam autores como o Pe. António Vieira, Camões, Herculano,
Garrett, Antero de Quental,
Oliveira Martins, Teixeira de Pascoais,
António Sérgio e Fernando Pessoa,
mas também escritores seus contemporâneos. Da sua bibliografia destaquem-se O Canto do Signo: Existência e Literatura (1953), Pessoa Revisitado (1973), Fernando Pessoa Rei da Nossa Baviera (1986),
Tempo de Poesia (1974), Os Militares e o Poder (1975), Poesia e Metafísica (1983), Nós e a Europa ou as Duas Razões (1990), O Labirinto da Saudade (1994),
O Esplendor do Caos (1998) ou Portugal como Destino (1999). É diretor das revistas «Finisterra» (1988-) e «Estudos Anterianos» (1998-2005).
Foi Conselheiro Cultural na Embaixada de Portugal em Roma (1989-1991). Recebeu, entre outros prémios nacionais e estrangeiros,
o Prémio Camões (1996) e o Prémio Pessoa (2011). Foi agraciado com a Ordem Nacional de Legião de Honra de França (2002),
como Grande Oficial (1981) e com a Grã Cruz (2003) da Ordem de Santiago da Espada, com a Grã Cruz do Infante D. Henrique (1992) e com a Grã Cruz da Liberdade (2014).
Adquirido em 2014. Tem reserva de consulta.
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