Joaquim Pedro de Oliveira Martins foi um dos
mais profícuos escritores da Geração
de 70, companheiro de Antero
de Quental, Eça
de Queirós, Ramalho
Ortigão, Junqueiro e Batalha
Reis. A sua extensa obra ensaística, tantas
vezes glosada a pretexto das mais desencontradas interpretações,
reparte-se pelos mais variados domínios com particular
incidência nos da História, Política,
Economia e Sociologia. Nascido em Lisboa, deputado pelo
Partido Progressista em 1886 e ministro da Fazenda em
1892, durante apenas alguns meses, morreu profundamente
desiludido com a fugaz experiência política
que teve.
O espólio (18 cx.: 3048 docs.) reflecte as
múltiplas relações epistolares
que manteve com alguns dos mais notáveis espíritos
do seu tempo, além de notas e correcções
a algumas das suas obras, passando pela peça,
inédita até 1989, Afonso VI.
Comprado aos herdeiros, com o apoio da Fundação
Calouste Gulbenkian, pela Secretaria de Estado da Cultura,
em Dezembro de 1988, e entregue à BN nessa data.
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