Parceiro algo distanciado da Geração
de 70, José Duarte Ramalho Ortigão participou,
com o seu estilo inconfundível, nas várias questões
literárias das últimas décadas do século
XIX, de que ficou célebre a sua intervenção
na Questão Coimbrã, polémica que opôs
Antero
de Quental a António Feliciano Castilho. Na tribuna
das Farpas, que assinou com Eça
de Queirós, no primeiro ano e, depois, assumiu
sozinho (1872), modelou o jornalismo de opinião finisecular
num tom de aristocrático didactismo que marcou a mentalidade
dos homens cultos do seu tempo.
O espólio (25 cx.: 2358 doc.) inclui, além
de numerosas cartas trocadas com as personalidades literárias
e políticas da época, preciosos "cadernos"
de apontamentos sobre pintura, escultura, arquitectura e impressões
de viagens.
Adquirido por compra da Secretaria de Estado da Cultura,
em Junho de 1988, à Srª Dª Amélia
Cabral Ortigão.
|