Considerado um dos maiores vultos da literatura
portuguesa de sempre, José Maria Eça de
Queiroz legou à arquivística literária
contemporânea alguns milhares de páginas
autógrafas, a que a crítica chamou "Obras
póstumas e semi-póstumas". A sua
fortuna editorial chegou até aos nossos dias,
constituindo um dos mais interessantes exemplos de heterodoxa
tradição ecdótica. Romancista,
crítico e epistológrafo de primeira grandeza,
permanece o escritor oitocentista português mais
lido e traduzido e aquele a quem foi tributada mais
extensa bibliografia activa e passiva.
O espólio (10 cx.: 319 docs.) reúne parte dos autógrafos originais das obras póstumas
e semipóstumas, cartas a sua mulher Emília e alguns documentos preparatórios de obras
e projetos inconclusos. Disponível em microfilme e em suporte digital para consulta presencial na sala de Leitura de Reservados.
Comprado pelo Estado em outubro de 1975, foi depositado na BNP em agosto de 1977 e incorporado
nos seus fundos em outubro de 1980. Passou à tutela do ACPC em janeiro de 1981. Em 1985 foram adquiridas
à Srª. Dr.ª. Maria Vitorina da Costa, sete folhas do original de A Cidade e as Serras. Em 1999 foi também
adquirido por compra, à Srª D. Isabel Maria V. Rosa Moutinho, um fragmento de O Primo João de Brito.
Em 2001 foi comprado o manuscrito Almanachs também a particulares e em 2004, em leilão, as Cartas de
Fradique Mendes. Em 2007 a Fundação Millennium BCP doou 4 manuscritos. Em 2008 foi doado pela Associação
de Amigos da BNP um fragmento (2 f.) de A Relíquia.
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