Poeta, ficcionista, ensaísta, crítico literário, professor, tradutor, David de Jesus Mourão-Ferreira formou-se em Filologia Românica (1951) na
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Lecionou no ensino secundário (1952-1956), na Faculdade de Letras (1957-1963 e a partir de 1970) e no
Instituto Superior de Línguas e Administração (1963-1970). Foi diretor do Serviço de Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian (1981),
orientou o seu «Boletim Cultural» (1984), dirigiu a revista «Colóquio. Letras» (1984-1992). Na imprensa periódica, foi ainda fundador e codirector da
revista «Távola Redonda» (1950-1954), diretor de «A Capital» (1974-75) e diretor adjunto de «O Dia» (1976). Explorou o teatro, enquanto autor e ator;
programas radiofónicos - Música e Poesia (1964) de que foi afastado pela tomada de posição contra o encerramento da SPE; programas de televisão - Hospital das Letras (1964),
ou Imagens da Poesia Europeia (1969); ou a gravação de discos falados. Em poesia publica A Secreta Viagem (1950), Tempestade de Verão (1954),
Prémio de Poesia Delfim Guimarães, Cancioneiro do Natal (1971), Prémio Nacional de Poesia 1972, O Corpo Iluminado (1987), Jogo de Espelhos (1993) ou
Música de Cama: antologia erótica com um livro inédito (1994). Na ficção, Gaivotas em Terra (1959) foi Prémio Ricardo Malheiros da ACL,
As Quatro Estações (1980) Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários, Um Amor Feliz (1986), foi galardoado com os prémios de
Narrativa do Pen Clube Português, D. Dinis da Casa de Mateus, de Ficção do Município de Lisboa e o Grande Prémio de Romance e Novela da APE.
No ensaio Nos Passos de Pessoa (1988) recebeu o Prémio Jacinto do Prado Coelho. Editou, comentou ou prefaciou obras de Jaime Cortesão,
Vitorino Nemésio, Fernando Pessoa
, José Régio, Cesário Verde ou A. M. Couto Viana. Foi Secretario de Estado da Cultura (1976, 1976-77, 1979),
vice-presidente da Association des Critiques Littéraires (1984-1992), presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1984-86) e do
PEN Clube Português (1991). Em 1996 recebeu o Prémio Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores. Foi condecorado como Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1981)
e com a Grã-cruz da mesma Ordem (1996).
Transferido entre março de 2017 e abril de 2019, já inventariado. Ainda em processo de instalação, não acessível. Tem reserva de consulta.
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