Polígrafo
eminente, Jaime Zuzarte Cortesão legou à
cultura portuguesa uma vasta obra, repartida entre a literatura
(poesia, conto, drama) e a história (portuguesa
e brasileira), passando pela arte e a intervenção
cívica de que se tornou uma das mais representativas
figuras nos anos 20-30 ao lado de António Sérgio
e Raul
Proença (Grupo da «Seara Nova»). Banido
de Portugal em 1940, dedicou-se ao estudo da história
da colonização portuguesa do Brasil, de
que se tornou um dos principais especialistas até
ao regresso definitivo a Portugal em 1957. Foi director
da Biblioteca Nacional entre 1919 e 1927.
O espólio (54 cx.: 3132 docs. + 30 cx.) contém
vários ensaios (éditos e inéditos)
de interpretação histórica, poesia
esparsa, textos de intervenção, correspondência,
sobretudo recebida e de terceiros, documentos biográficos,
fotografias, recortes de imprensa e alguns manuscritos
de terceiros.
Comprado pela Secretaria de Estado da Cultura (IPLL)
à Srª Dª Carolina Zuzarte Cortesão
em 1985 e incorporado no ACPC em Outubro de 1991. Em
2002 foi adquirido, por compra aos herdeiros, mais um
lote de documentação.
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