Mário António Caldas de Melo Saraiva, natural de Guimarães, médico pela Universidade de Coimbra (1935), exerceu atividade em Vilar, concelho do Cadaval, onde veio a fixar-se, e integrou o quadro dos médicos civis da Força Aérea Portuguesa. Conciliava a atividade clínica com a escrita e com outros interesses, nomeadamente a pintura, o tiro aos pratos, a caça e o ilusionismo. Monárquico, envolveu-se ainda jovem na Causa Monárquica, ideais presentes nos seus ensaios e na sua vasta colaboração na imprensa como, por exemplo, no «Debate», no «Correio da Manhã», em «A Consciência Nacional» ou em «O Dia». Fundou o movimento Renovação Portuguesa, foi impulsionador da Biblioteca do Pensamento Político, tendo ainda sido nomeado secretário do conselho privado do Duque de Bragança, funções que exerceu ente 1978 e 1998. Publicou, entre outros, Os Pilares da Democracia (1949), Às Portas da Cidade: crítica e doutrina (1976), Nosografia de D. Sebastião; Revisão de um processo clínico (1980), Sob o Nevoeiro: ideias e figuras (1987), O Caso Clínico de Fernando Pessoa (1990) ou Impressões e Memória (1998).

O espólio (42 cx.) integra manuscritos do autor, correspondência, documentos biográficos, recortes de imprensa com artigos de e sobre o autor, impressos e manuscritos e cartas de terceiros.

Doação dos herdeiros em 2013, com nova incorporação em 2014.