Espólios
LOURENÇO, M. S., 1936-2009
BNP Esp. E62
Os degraus do Parnaso. Caderno intitulado Müsikasthetik, M. S. Lourenço, Anos 90 BNP Esp. E62/205
Os degraus do Parnaso. Caderno intitulado "Müsikasthetik",
M. S. Lourenço, Anos 90
BNP Esp. E62

Manuel António dos Santos Lourenço, professor, filósofo, poeta, ensaísta e tradutor, era natural de Sintra. Doutorou-se em 1980 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a dissertação A Espontaneidade da Razão: a analítica conceptual da refutação do empirismo na filosofia de Wittgenstein, publicada em 1986. Entre 1965 e 1968 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo realizado os seus estudos na Universidade de Oxford. Foi leitor de Português nessa universidade (1968-1971), mas também na Universidade de Santa Bárbara, Califórnia (1972-1975) e na do Estado de Indiana (1976-1980). Em 1983-1984 lecionou na Áustria, na Universidade de Innsbruc e posteriormente integrou o corpo docente do Departamento de Filosofia da Universidade de Lisboa. A sua atividade foi quase exclusivamente preenchida com a divulgação da Filosofia da Matemática e da Lógica. As suas primeiras obras são poéticas - O Desequilibrista (1960), O Doge, publicada em 1962, sob o nome de Alexis-Christian Von Rätselhaft und Gribskov, Ode a Upsalaem (1964), género literário em que publicou também Arte Combinatória (1971), Wytham Abbey (1974) e Pássaro Paradípsico (1979). No âmbito da sua passagem pela Áustria desenvolveu as ideias subjacentes ao seu último livro de poemas, Nada Brahma, e aos ensaios Os Degraus do Parnaso (prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus), obras que, tal como o seu livro didáctico A Teoria Clássica da Dedução, foram publicadas em 1991. Entre 1999 e 2004 presidiu à Sociedade Portuguesa de Filosofia. Traduziu Ludwig Wittgenstein, Jean Guitton, Romano Guardini, William Kneale ou Kurt Gödel, assinando as traduções como Manuel Lourenço, tal como nos livros didáticos de Filosofia. Dirigiu a revista «Disputatio», especializada em estudos de Filosofia analítica.

Espólio (22 cx.) constituído por manuscritos sobretudo as últimas décadas do seu trabalho intelectual.

Doação dos filhos do escritor, Dr.ª Catarina Lourenço e Professor Frederico Lourenço, que assinaram o respetivo termo em Maio de 2010. Em 2012 e 2014 foi acrescido de novos documentos. Tem reserva parcial de consulta.

Instrumento(s) de Pesquisa:
Inventário topográfico elaborado por equipa coordenada pelo
Professor João Dionísio
© 2004 Biblioteca Nacional de Portugal. Actualizado a 2020-07-14