Professor, publicista, político e estadista republicano, António Ginestal Machado nasceu na vila de Almeida
e faleceu em Santarém - cidade onde se casou e fixou residência. Concluídos os estudos secundários no Liceu da Guarda,
rumou a Lisboa, onde se diplomou na Escola Naval (1895) e depois no Curso Superior de Letras (1897). Renunciou à
carreira de oficial de Marinha e dedicou-se à docência, tendo sido professor e também reitor (1911-1923) do Liceu
Nacional Sá da Bandeira, em Santarém. Antes da implantação da República, iniciou uma colaboração regular na imprensa,
tanto local como nacional, e participou ativamente na Liga Nacional de Instrução (criada em 1907 por Trindade Coelho
e Borges Grainha) e na Junta Liberal (fundada em 1909 por Miguel Bombarda), tendo presidido às respetivas delegações
na cidade de Santarém. Em 1912 filiou-se na União Republicana e, após a sua dissolução, militou no Partido Liberal
(1919-1923) e depois no seu sucedâneo, o Partido Nacionalista, a cujo diretório presidiu (1923-1927). Foi deputado
eleito por Santarém em três legislaturas consecutivas (1921-1926), ministro da Instrução (1921) e presidente do Conselho
de Ministros (1923). Foi ainda provedor da Misericórdia de Santarém (1919-1933) e exerceu as funções de Comissário do Governo
junto da Companhia dos Caminhos-de-Ferro Portugueses (1911-1940).
O espólio (24 cx.) testemunha a sua atividade profissional e política, com especial relevo na década de 1920.
Inclui manuscritos, correspondência do autor e de terceiros, documentos biográficos, arquivo de imprensa, impressos e fotografias.
Doação dos herdeiros, representados pelo neto, Professor Pedro Tavares de Almeida, em Outubro de 2008.
Em 2016 foram incorporados outros documentos.
|