José Augusto Neves Cardoso Pires nasceu na Aldeia de Peso, Castelo Branco,
mas cedo passa a residir em Lisboa, onde frequentou o curso de Matemáticas da
Faculdade de Ciências que abandonou para se alistar na Marinha Mercante. Foi jornalista,
ficcionista, ensaísta, crítico literário e dramaturgo, diretor da revista «Almanaque»,
diretor-adjunto do «Diário de Lisboa» (1974), redator da «Gazeta Musical e de Todas
as Artes», colaborador do «Jornal do Fundão» e do «Público», entre outros. Foi leitor
no Departamento Luso-Brasileiro do King's College (1969-71) e escritor residente
(1979-80) na Universidade de Londres. A partir de 1974, dedicou-se quase exclusivamente
à escrita literária, reservando a colaboração jornalística a algumas crónicas. A sua
obra abarca múltiplos géneros e foi distinguida com a atribuição de vários prémios, quer
a nível nacional (Prémio Pessoa 1997, pelo conjunto da sua obra, 1997; Prémio Vida Literária,
da Associação Portuguesa de Escritores, 1998), quer internacional (Prémio União Latina,
Roma, 1991; ou Astrolábio de Ouro do Prémio Ultimo Novecento, Pisa, 1992). Da sua obra fazem
parte, entre outros, títulos como Cartilha de Marialva (1960), Dinossauro Excelentíssimo (1972),
O hóspede de Job (1963), O Delfim, Balada da Praia dos Cães, ou Alexandra Alpha, sem esquecer a abordagem de si mesmo de que são exemplo E agora, José? (1977) e a sua última obra, De Profundis, Valsa Lenta (1997).
O espólio (37 cx.) é constituído por versões de algumas das suas obras literárias e documentação associada, incluindo correspondência.
Doação das herdeiras do escritor, representados pela viúva, Maria Edite Pereira, em Abril de 2008, ano de três incorporações, com novas entregas de documentos em 2009, 2011 e 2013.
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