Pedagogo e historiador da ciência, Rómulo Vasco da Gama de Carvalho usou o pseudónimo António Gedeão sobretudo na poesia e na ficção. Licenciou-se, em 1931, em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto. Foi professor no Liceu Camões (1934-48), no Liceu D. João III (Coimbra, 1950-57) e no Liceu Pedro Nunes (1948-50; 1957-58; 1960-1974), onde dirigiu os Laboratórios de Química. Foi professor metodólogo (1958-74), director da biblioteca do Liceu Pedro Nunes (1960-74) e do posto emissor dessa escola (1950). Participou em cursos de orientação de professores e deu à estampa livros escolares e de divulgação da ciência. Pertenceu à direcção da Sociedade Portuguesa de Química e Física (1957) de que foi eleito presidente honorário em 1988. Integrou a direcção da revista “Gazeta de Física” (1946), a redacção da “Palestra” (1958), co-dirigiu o “Boletim do Ensino Secundário” (1973) e foi director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa (1990), da qual eleito sócio efectivo em 1992. O poeta António Gedeão revela-se em Movimento Perpétuo (1956), onde foi passado a letra de imprensa um dos poemas que a versão musicada e cantada popularizou, “Pedra Filosofal”, no final dos anos 60.
O espólio (54 cx.) inclui alguns manuscritos, sobretudo da poesia, correspondência recebida, documentos biográficos e iconográficos bem como recortes de imprensa coleccionados pelo autor e por terceiros.
Doação dos herdeiros, representados pela viúva do escritor, Dr.ª Natália Nunes, conforme o termo assinado em 6 de Maio de 2002. A entrega da documentação ocorreu entre Novembro desse ano e Julho de 2005. Tem reserva parcial de consulta.
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