Poeta, ficcionista, historiógrafo, jornalista,
professor e militante republicano de cariz anti-clerical,
José Tomás da Fonseca colaborou, com o advento
da República, na reforma do ensino primário
normal e organizou e animou diversas associações
de carácter cultural. Foi vogal do Conselho Superior
de Instrução Pública, director da Escola
Normal de Lisboa e de Coimbra - das quais foi afastado pelo
sidonismo e pelo Estado Novo - e um dos fundadores da Universidade
Livre de Coimbra. É muito vasta a sua colaboração
na imprensa periódica nomeadamente em «A Pátria»,
«O Mundo», «A Vanguarda», «República»,
«Alma Nacional» ou, entre outros, no Arquivo Democrático,
de que foi director. Em Evangelho de um Seminarista, Memórias
dum Chefe de Gabinete e Memórias do Cárcere
encontramos, passados a letra de imprensa, testemunhos da
sua vivência.
O espólio (39 cx.) é constituído por
manuscritos do autor, correspondência, arquivo de imprensa,
documentos biográficos e alguns manuscritos de terceiros.
Foi adquirido por compra à Associação
Humanitária Movimento Emmaús do Abbé
Pierre, em 1998.
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