Filho de José
Estêvão, o reputado tribuno regenerador,
Luís Cipriano Coelho de Magalhães foi
um dos mais jovens parceiros da Geração
de 70. Poeta, romancista e político de inspiração
monárquica e nacionalista, fundou, com António
Feijó, a Revista Científica e Literária
(1880-1881), de feição parnasiana, expressão
poética em que se aproximou de Manuel da Silva
Gaio. Exuberante epistológrafo, carteou-se com
quase todos os intelectuais do seu tempo, reunindo um
soberbo arquivo de correspondência que é
bem o espelho do quotidiano de letras do fim-de-século
XIX português.
O espólio (62 cx.) engloba os originais, em
prosa e verso, das obras publicadas pelo escritor, todo
o arquivo de correspondência (com destaque para
as cerca de 749 cartas recebidas de António Feijó),
o arquivo de imprensa e documentos biográficos.
Incluía a colecção documental José
Estêvão.
Foi comprado, em Janeiro de 1983, às Srªs Dª
Maria da Conceição de Lemos Magalhães
da Mota de Sottomayor e Dª Joana Isabel de Lemos Magalhães
da Mota Van Zeller, netas do escritor.
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