Mário Pais da Cunha e Sá nasceu nas Caldas da Rainha,
tendo adoptado nas letras a firma arcaízante de Mário
Saa em homenagem aos seus mais remotos antepassados. Dado
à poesia, aos estudos históricos e genealógicos e à divagação
filosófica, foi um dos mais arredios nomes do modernismo
português, com que não deixou de identificar-se, oferecendo
colaboração esparsa às revistas «Contemporânea»,
«Athena» e «Presença».
Ficou célebre a sua A Invasão dos Judeus (1925),
obra em que enfatizou a ascendência judaica de alguns
dos próceres do nosso modernismo.
O espólio (178 docs.) compreende a maior parte dos textos autógrafos
do escritor, vasta correspondência recebida, documentos biográficos
e familiares. Disponível em microfilme parcial.
Foi legado pelo próprio à Junta de Freguesia do Ervedal (Avis)
por deixa testamentária e por esta autarquia parcialmente depositado
(com exclusão da correspondência e documentos biográficos) na
BN em Julho de 1981. Foi devolvido, depois de inventariado,
em Novembro de 1986 e Julho de 1987.