Alexandre Maria Pinheiro Torres, poeta da chamada segunda geração neorrealista, foi também ensaísta, ficcionista,
crítico literário, tradutor, historiador de Literatura e professor. Era licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas
pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Nascido em Amarante, residiu em S. Tomé, Póvoa de Varzim,
Porto e Lisboa, experiências que transpôs para a sua obra literária como memórias de infância e adolescência,
sátira aos ridículos nacionais ou notas picarescas. Fixou-se em Cardiff a partir de 1966, opção marcada pelo exílio
a que se viu forçado na sequência da atribuição do Grande Prémio de Novelística, da Sociedade Portuguesa de Escritores,
a Luuanda, de Luandino Vieira, em 1965. Membro do júri, com Augusto Abelaira,
entre outros, foi afastado do ensino. Aceita então o convite para integrar o corpo docente daquela universidade do País de Gales, como assistente no
Departamento de Estudos Hispânicos, onde se viria a tornar professor catedrático de Literatura portuguesa e brasileira (1976)
e onde criou, em 1970, a primeira cadeira de Literatura Africana de Língua Portuguesa em universidades inglesas.
Coleção (6 cx.) constituída por correspondência de autores portugueses. Os manuscritos encontram-se Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim.
Adquirido aos herdeiros do escritor, representados pela viúva, Sr.ª D. Olga Pinheiro Torres, em 2008. Tem reserva de consulta.
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