O próprio sentimento transmudado em verso, expressão
trágica da sua vida e obra, recorta-se em tons de anil,
violeta e negro sobre o estreito suporte dos pré textos
poéticos que abandonou à extinta luz de um velho sótão
de província. O drama em gente que constitui a fugaz existência
de Florbela sobrevive aí feito derradeiro sinal de um
trânsito iniciado aos dez anos de idade, viático que,
por si mesmo, se consumiu (ou consumou) em 1930, ano do
último Diário em que a poetisa (ainda) contou pelos
dedos os dias que lhe sobravam.
A colecção (1 cx.: 39 docs.) espelha a produção poética
de Florbela entre 1915 e 1922, incluindo os autógrafos
de primeiras e segundas versões dos seus poemas, algumas
cartas e documentos biográficos. Disponível em
microfilme.
Foi comprada pelo Instituto Português do Património
Cultural (em concurso com a Fundação Calouste
Gulbenkian), em Novembro de 1984 (depois de uma primeira
negociação, frustrada, com a BN, em Março de 1983) ao
Sr. Rui Guedes.
Instrumento(s) de Pesquisa:
Base de dados
Colecção virtual