Camilo de Almeida Pessanha, o mais singular e original
poeta simbolista português, apenas viu publicado em vida o livro
Clepsydra (1920), que reuniu o essencial da sua produção
poética. Colaborador fugaz de vários jornais e revistas, viveu
os últimos anos da sua vida afastado do convívio dos seus principais
companheiros de letras, em Macau, repetindo os seus melhores
versos "de memória", como gostava de sublinhar. Fernando
Pessoa e Mário
de Sá Carneiro contaram-no entre os seus mestres, estabelecendo-se,
através da sua obra, a ponte que em Portugal ligou simbolismo
e modernismo.
A colecção (5 cx.: 184 docs.) guarda 19 dos 30 poemas
que serviram de base à 1ª edição de Clepsydra,
traduções, apontamentos e cartas de Camilo Pessanha, além
de um importante conjunto de recortes e documentos anexos
reunidos por João de Castro
Osório.
Comprada pela BN ao Sr. Pedro Falcão de Azevedo, em Março de
1979 e entregue à tutela do ACPC em Janeiro de 1981.
|